sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Projeto: Sítio do Pica-pau Amarelo.




1- INTRODUÇÃO

O Sítio do Pica-pau Amarelo é um belo tema a ser vivenciado pelas crianças desta geração. No passado, o Sítio de Dona Benta era muito visitado nos livros de Monteiro Lobato e assistido pelos telespectadores da Rede Globo. Não há como não dizer que fora um sucesso.
A fantasia e as situações de aventura vivenciadas no Sítio prendiam a atenção dos que o acompanhavam. É claro que no Sítio há situações que hoje seriam resolvidas de outro modo, isso faz com que as reflexões e debates sobre o passado e o presente estejam em constante evidência.
Quem teve o prazer de conhecer o Sítio do Pica-pau Amarelo jamais esqueceu dos personagens que por ali passavam. O que ficou de fato foram saudades de uma época que nos trouxe grandes alegrias. Perder um episódio, isso sim nem pensar!
Por essa razão, resgatar do passado algo que foi bom, é primordial para que novos saberes na escola se perpetuem. Ler com reflexão e por prazer e não ler por ler!
Faz parte do universo infantil a fantasia e a imaginação. Devemos permitir que isso permaneça nessa fase de vida e de fato cumpra seu papel no aprendizado da criança.
Criança é criança em todo lugar, por isso não devemos impor a realidade que muitas vezes é tão perturbadora, até mesmo para elas. O mundo da imaginação é um lugar de aventuras e desafios.
O projeto será executado com 2 turmas de 2º ano, no período de 6 meses, com aulas realizadas 3 vezes por semana, com duração de 50 minutos, onde os alunos gradativamente farão progressos para que a alfabetização se concretize.
Trata-se de um projeto de baixo custo, mas que promove resultados grandemente consideráveis.
Enfim, tornar a ação pedagógica mais significativa e as aulas mais envolventes é o que esperamos. A abordagem será sócio-interacionista, onde a aprendizagem acontece por meio de troca de conhecimentos, numa dimensão coletiva.
Com certeza será muito divertido, prazeroso e de grande aprendizado.



2 – Justificativa

O Sítio do Pica-pau Amarelo é uma criação do escritor brasileiro José Bento Monteiro Lobato. Seus personagens são fantásticos. Tem a Emília, Narizinho, Pedrinho, Marquês de Rabicó, Conselheiro, Quindim, Visconde de Sabugosa, Dona Benta, Tia Nastácia, Tio Barnabé, Cuca, Saci, etc. Os personagens principais moram ou passam boa parte do tempo no sítio pertencente a avó dos garotos, batizado com o nome de Pica-pau Amarelo, de onde vem o título da série.
Busca-se com esse projeto, promover um aprendizado diferente, interessante e
inovador.


                         3 – Objetivos:

  • Estimular o gosto pela leitura.
  • Desenvolver a leitura e a escrita.
  • Estimular as produções de texto individuais, em duplas e coletivas.
  • Promover reflexões sobre questões ligadas a discriminação racial.
  • Desenvolver hábitos voltados aos valores humanos.
  • Estimular a criatividade.
  • Resgatar obras literárias ligadas ao universo infantil.
  • Possibilitar o desenvolvimento de opiniões acerca dos assuntos a serem tratados no projeto.
  • Propiciar conhecimentos acerca de gráficos e tabelas.
  • Desenvolver a atenção e interesse pelas músicas do Sítio.
  • Conhecer a biografia do escritor Monteiro Lobato.


3- CONTEÚDOS CURRICULARES

O trabalho acontecerá de forma interdisciplinar. Os assuntos seguem-se abaixo:

     Português
  • Textos e interpretação.
  • Ordem alfabética.
  • Biografia.
  • Produção de frases e textos.
  • Sílaba.
  • Grau do substantivo.
  • Gêneros textuais.
  • Pontuação.
  • Adjetivos.
  • Ortografia.

Matemática
  • Resolução de problemas.
  • Cálculos matemáticos.
  • Gráficos.

Ciências
  • Meio ambiente.
  • Paisagem rural e urbana.
  • Animais.
  • Plantas.
  • Alimentação.

História e Geografia
  • Etnia.
  • Acontecimentos do passado e do presente.
  • Família.
  • Moradia.
  • Localização.
  • Características pessoais e dos personagens do Sítio.

Artes
  • Confecção de jogos: memória e quebra-cabeças.
  • Confecção de fantoches.
  • Confecção de coletes de histórias.

4- CRONOGRAMA
 
MESES/
ATIVIDADES
ABRIL
MAIO
JUNHO
JULHO
AGOSTO
SETEMBRO
OUTUBRO
Pesquisas sobre o assunto
X






Organização do material a ser utilizado.
X






Planejamento das aulas
X
X
X




Aplicação do projeto em sala de aula.

X
X
X
X
X
X
Elaboração do relatório final




X
X
X
Avaliação dos resultados.




X
X
X
Exposição e apresentação dos trabalhos.




X
X
X

5- RECURSOS

  • Livros sobre o Sítio do Pica-pau amarelo.
  • DVD’S ( para sessão de cinema e conhecimento da obra)
  • Folhas xerocopiadas contendo atividades diversas.
  • Apostila do Sítio.
  • CD’S com as músicas do Sítio. Volumes 1 e 2.
  • Confecção de cartazes e painéis sobre o tema.
  • Lápis de cor, tesouras, gizes de cera.
  • Papéis diversos e coloridos.
  • EVA’s coloridos.
  • TNT’s coloridos.
  • Tintas guache.
  • Calendários.
  • Palitos de picolé.
  • Revistinhas em quadrinhos.
  • Materiais para pesquisa para os alunos utilizarem ao longo do projeto.


6- METODOLOGIA

A metodologia do projeto será de aulas práticas e expositivas, de pesquisas intensas, de leitura e escrita permanentes.
As aulas acontecerão as segundas, quartas e sextas-feiras, durante 6 meses. Cada aula terá 50 minutos de duração, podendo, conforme a necessidade, ser estendida.


7- CULMINÂNCIA

O encerramento do projeto se dará através de uma exposição dos trabalhos desenvolvidos e apresentação teatral, de cena favorita e votada pelos próprios alunos, para toda a comunidade escolar.

8- AVALIAÇÃO

A avaliação se dará através da:
  •  Observação do desempenho dos alunos.
  •  Participação nas atividades propostas.
  •  Socialização entre os indivíduos.



9- CONCLUSÃO

É muito importante formar um leitor competente e isto envolve formar alguém  que compreende o que lê, que possa estabelecer relações entre o que está lendo e os outros textos já lidos; que saiba que vários sentidos podem ser atribuídos ao mesmo texto, que consiga justificar e validar a sua leitura a partir da localização de elementos discursivos.
Enfim, neste projeto pretende-se a formação de um bom leitor, que decodifica, antecipa, interfere, seleciona e checa com eficácia os elementos dos textos.

10- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://mundonovelass.blogspot.com/2010/10/sitio-do-picapau-amarelo-vamos-recordar.html
http://rose-filmes.blogspot.com/2010/09/download-cuca-vai-pegar-o-terrivel.html
http://evasobmedida.blogspot.com/2011/02/sitio-do-pica-pau-amarelo-em-eva.html
http://evasartesanatos.blogspot.com/2011/02/blog-post.html

Pesquisa importante!
A alteração de textos literários em função do novo Acordo Ortográfico
[Pergunta] Os novos manuais para o 7.º e 11.º anos incluem textos escritos antes do Novo Acordo Ortográfico – textos literários e não literários; no entanto, os mesmos aparecem já com a nova grafia. Será legítimo alterar textos, nomeadamente os literários?
Ana Luísa Torres :: Professora de Português :: Aveiro, Portugal
[Resposta] De acordo com a Resolução da Assembleia da República n.º 35/2008, que aprova o Acordo do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, adotado na V Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, realizada em São Tomé em 26 e 27 de julho de 2004, e publicada em Diário da República, 1.ª série — n.º 145 — 29 de julho de 2008, «no prazo limite de seis anos [...] a ortografia constante de novos actos, normas, orientações, documentos ou de bens referidos no número anterior [isto é, bens culturais] ou que venham a ser objecto de revisão, reedição, reimpressão ou de qualquer outra forma de modificação, independentemente do seu suporte, deve conformar-se às disposições do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa» (Artigo 2.º).
Assim, segundo a legislação citada, todos os textos redigidos em língua portuguesa (literários ou não literários, anteriores ou posteriores a 2008) deverão respeitar, no prazo de seis anos, o conteúdo do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (AO).
Entretanto, a Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011 (Diário da República, 1.ª série — n.º 17 — 25 de janeiro de 2011) veio determinar que «o Acordo Ortográfico é aplicável ao sistema educativo no ano lectivo de 2011-2012, bem como aos respectivos manuais escolares a adoptar para esse ano lectivo e seguintes». 
Naturalmente que o bom senso deverá imperar nestas situações, e, como bem refere o linguista João Malaca Casteleiro (que participou nos trabalhos que conduziram ao atual AO), «as novas regras apenas interferem com os manuais e dicionários escolares, pois, para as restantes obras literárias, seis anos é um prazo suficiente para que as edições com a antiga ortografia se esgotem» (in Mensageiro de Bragança, 10 de outubro de 2008).
Deste modo, os novos manuais propostos para os anos escolares referidos pela consulente respeitam integralmente a lei em vigor no que diz respeito à matéria em apreço.
Devo dizer que me parece lógico que assim seja, pois, do meu ponto de vista, não faz sentido estar a trabalhar com manuais que proponham duas grafias diferentes. Seria, nesse caso, e permita-me a prezada consulente a expressão, «pior a emenda que o soneto», já que, aí, sim, a confusão instalar-se-ia de uma forma que considero absolutamente desnecessária. Repare-se que o AO não interfere com o conteúdo dos textos, nem tão-pouco com a pronúncia das palavras. Aliás, é justamente por motivos de pronúncia que muitas das alterações foram propostas no quadro do atual AO: «a disparidade ortográfica só se pode resolver suprimindo da escrita as consoantes não articuladas, por uma questão de coerência, já que a pronúncia as ignora, e não tentando impor a sua grafia àqueles que há muito as não escrevem, justamente por elas não se pronunciarem» (Texto do AO, Conservação ou supressão das consoantes c, p, b, g, m e t em certas sequências consonânticas).  
Por outro lado, e no que diz respeito mais concretamente à alteração da ortografia de textos literários, pelas mesmas razões já expostas, não me parece que exista qualquer violação, por assim dizer, do pensamento, da intenção ou da mensagem originais dos respectivos autores. Simplesmente foram eventualmente redigidos numa época em que se escrevia esta ou aquela palavra, desta ou daquela maneira. Não vejo, por exemplo, que a alteração da passagem «sete bispos a baptizaram, que eram como sete sóis de ouro e prata nos degraus do altar-mor» para «sete bispos a batizaram, que eram como sete sóis de ouro e prata nos degraus do altar-mor» (José Saramago, Memorial do Convento) possa ser motivo para começarmos todos a rasgar as vestes e a dizer que é uma vergonha o que se está a fazer à obra do Saramago e à língua portuguesa.
Aliás, não é o que se faz, há já tantos anos, por exemplo, com Os Lusíadas, ou com os autos de Gil Vicente? Penso mesmo que seria incompreensível trabalhar estas obras nas escolas, mantendo a ortografia original na íntegra: para além de ser um verdadeiro massacre visual, seria uma excelente forma de afastar ainda mais os nossos alunos dos escritores portugueses de referência, e, consequentemente, de elitizar, de forma arrogante e pouco compreensível, o ensino da literatura. Mesmo fora do contexto escolar, exceptuando uma minoria, quantas pessoas teriam paciência para — ou conseguiriam sequer — ler os textos de Gil Vicente, de Fernão Lopes, ou de Luís de Camões na sua grafia original? Há mesmo quem defenda — os mais puristas — que até a própria apresentação gráfica dos textos se deveria manter fiel à original. Imagine-se o que era ler a Copilacam de todalas obras de Gil Vicente, a qual se reparte em cinco liuros neste formato original? Em contexto escolar, um ano letivo não chegava para se poder estudar o Auto da Índia, por exemplo; noutros contextos, qualquer leitor médio desistiria a meio do diálogo inicial entre a Ama e a Moça.
Mas não precisamos de ir tão longe. Atente-se, por exemplo, no seguinte excerto retirado da edição original de Os Maias, de Eça de Queirós:
«Affonso riu muito da phrase, e respondeu que aquellas razões eram excellentes — mas elle desejava habitar sob tectos tradiccionalmente seus; se eram necessarias obras, que se fizessem e largamente; e emquanto a lendas e agoiros, bastaria abrir de par em par as janellas e deixar entrar o sol».
Que eu saiba, praticamente nenhuma edição moderna da referida obra mantém esta configuração ortográfica. E haverá necessidade de o fazer? Se a adaptação ortográfica se pode revelar facilitadora para uma melhor compreensão do texto e mantém, simultaneamente, o conteúdo e a mensagem do autor intocáveis, por que razão válida se haveria de continuar a ler e a trabalhar Os Maias com esta redação? Só, penso eu, por curiosidade histórica, para suporte ao estudo de alguns aspectos da história da língua, ou em contextos altamente especializados seria justificável fazê-lo.
Como refere o professor Malaca Casteleiro, em artigo já citado, «há pessoas que não se rendem às evidências e têm uma dificuldade enorme em se adaptar aos novos tempos, ficando presas a questões de pormenor». De fato, creio que não valerá a pena perdermos tempo e desgastarmo-nos com questões de pormenor, que, na verdade, apenas nos desviam o olhar e o pensamento do que realmente interessa. Não é com certeza na manutenção da consoante c que residirá o segredo para a solução dos sérios problemas com que, infelizmente, se confronta a língua portuguesa e o nosso sistema educativo atual, pois, tal como num espetáculo de magia, enquanto olhamos para o vazio, está a verdade a acontecer noutro lado qualquer.

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