O jornalista Marcelo Pereira fez uma reportagem sensacional sobre o médico e escritor Augusto Cury e tem muito haver com o sistema educacional.
A reportagem se encontra no endereço:
Selecionei alguns trechos que considero importantes para reflexão:
O título da reportagem de Marcelo Pereira é:
"Você só é livre quando consegue se controlar"
Cientista e pesquisador do comportamento humano, Augusto Cury diz não se incomodar com críticas da comunidade acadêmica que alegam que seus livros não são ciência.
Qual a sua maior crítica ao atual sistema de ensino?Acredito que deveríamos ter uma formação mais humanista. Nós condicionamos nossas crianças e adolescentes a competir, a se voltar para o exterior. Não investimos em nossas escolas para conhecermos a nós mesmos.
De que maneira isso poderia ser útil num mundo que cobra respostas rápidas?
Seriam, com certeza, respostas mais significativas e úteis. Essa formação humanista nos ensinaria que você só é livre quando consegue se controlar. Ação e reação podem ser ótimas para a física, mas são péssimas para as relações humanas. Devemos nos ater é ao equilíbrio tanto de emoção quanto de razão. Fora dessa preocupação, a razão pode desenvolver uma necessidade neurótica de poder. E a emoção longe desse equilíbrio pode gerar indivíduos hipersensíveis, que terão problemas em se relacionar e interagir com os outros.
De que maneira isso poderia ser útil num mundo que cobra respostas rápidas?
Seriam, com certeza, respostas mais significativas e úteis. Essa formação humanista nos ensinaria que você só é livre quando consegue se controlar. Ação e reação podem ser ótimas para a física, mas são péssimas para as relações humanas. Devemos nos ater é ao equilíbrio tanto de emoção quanto de razão. Fora dessa preocupação, a razão pode desenvolver uma necessidade neurótica de poder. E a emoção longe desse equilíbrio pode gerar indivíduos hipersensíveis, que terão problemas em se relacionar e interagir com os outros.
Rejeita, então, o conceito de autoajuda?Como a minha área e meu objeto de estudo giram em torno do comportamento humano, das emoções, há uma tendência a quererem simplificar com esse conceito. Não tenho nada contra, mas o que escrevo vem de observação e análise científica. O que eu percebo - e que é interessante - é que muitos desses leitores que pensam se tratar de uma autoajuda acabam ficando fascinados pela investigação científica e terminam por se aprofundar nesses temas.
O senhor também se propôs a tratar em alguns livros temas ligados a fé. Foi o caso de "Os Segredos do Pai Nosso" e "Análise da Inteligência de Cristo". Acredita em Deus?
Já fui ateu. Eu me tornei um cristão, mas um cristão sem fronteiras. Tenho amigos padres e pastores de várias denominações religiosas apesar de não fazer parte de nenhuma igreja ou grupo religioso. Fiquei impressionado com a figura de Jesus Cristo. O seu comportamento é ímpar, não há correlação na história. Ele cita em seus discursos mais de 60 vezes que é deste mundo, que é humano, que para ser humano pleno era necessário ter as atitudes dele. No momento em que é traído por Judas, ele simplesmente abraça o discípulo que errou. A sua atitude, a de alguém que não obedece ao instituto e à lei da ação e reação, é notável. Cristo não excluiu ninguém, nem mesmo aquele que, ao julgamento convencional, era o mais detestável.
Um cientista que crê em Deus não é algo contraditório?
Não acho. Acredito que há muito de preconceito nessas questões relacionadas à fé, à metafísica. Crer em Deus não é fruto de um cérebro apequenado. O problema é a forma como se lida com essa fé. O que te norteia pode não ser suficiente para o outro.
Sua pesquisa sobre Hitler é para um novo romance. Por que o ditador nazista incomoda tanto Augusto Cury atualmente?
Ele está mexendo com a minha pressão arterial. Devo entregar esse livro em maio de 2012. Vai se chamar "O Colecionador de Lágrimas versus Hitler". Será um romance filosófico. Eu me decidi a utilizar essa figura histórica para tentar mostrar às pessoas o que acontece quando nos consideramos o dono da verdade, que só nós temos razão. O risco de convencermos os outros e nos perdemos em nossas próprias certezas é muito grande.
O senhor disse que poderemos ter novos Hitleres no futuro...Se continuarmos com esse sistema em que só se privilegia o individualismo, a prepotência, a competição, a conquista selvagem, sem nos visualizarmos nos outros que estão a nosso redor, sim. E o problema é que a atual conjuntura pode facilitar a ação de indivíduos assim. Hitler convenceu uma sociedade que passava por uma crise: crise de estrutura política, econômica, de valores. Ela lhe deu o poder e deixou-se guiar cegamente por ele. O mundo está passando por crises mais ou menos semelhantes. Temo que, nesse cenário e nessa educação convencional que promovemos, possa aparecer um indivíduo desses e conduzir as pessoas em seu desespero para caminhos tão obscuros que os alemães trilharam nos anos 40.
Quem é ele
Augusto Cury é médico com especialização em Psiquiatra, psicoterapeuta e escritor na área de literatura psiquiátrica. Nasceu na cidade paulista de Colina, em 2 de outubro de 1958.
Augusto Cury é médico com especialização em Psiquiatra, psicoterapeuta e escritor na área de literatura psiquiátrica. Nasceu na cidade paulista de Colina, em 2 de outubro de 1958.
Minha opinião:
Sou leitora de alguns livros de Augusto Cury. Considero que suas obras realmente são ciência e não simplesmente livros de autoajuda. Adoro conhecer o funcionamento da mente humana e descobrir a capacidade que o ser humano possui de controlar-se diante das dificuldades.
Atualmente estou relendo o livro Seja líder de si mesmo, que fala de fenômenos inconscientes e outros assuntos bastante curiosos.
Tenho verdadeira apreciação por estudos voltados ao comportamento humano.
Adorei a reportagem!!!
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